Publicado em 18/01/2023 às 08:36, Atualizado em 18/01/2023 às 12:38
Após três tentativas frustradas de concorrência por falta de participantes, a Sanesul conseguiu concluir a licitação e vai contratar a Bodoquena Engenharia Comércio para implantar a rede de água na agrovila do Distrito de Capão Seco.
A empresa apresentou orçamento no valor de R$ 1.342.300,86, desconto de 11,79% sobre o preço de referência (R$ 1.520.333,83). O projeto prevê implantação de 8,2 km de rede de água com 300 ligações, além de reservatório para 50 mil litros.
Desde maio de 2021 está pronto o poço artesiano, perfurado pela Sanesul, com vazão de 15 mil litros de água.
A prefeita Vanda Camilo desde o início da administração tem feito gestões junto ao Governo e à Sanesul para destravar o projeto. A obra já foi licitada duas vezes, em setembro e no final de 2021, mas não foi concluída porque nenhuma empresa apresentou proposta.
Os moradores não pagarão pela caixa e os hidrômetros. Só será feita ligação em lotes onde já há casa, uma por CPF, e o morador vai precisar ter Cadúnico, além de documentos pessoais como o título de eleitor.
Os moradores da agrovila esperem há seis anos pela implantação da rede de água que foi autorizada em 2018, mas estava condicionado a disponibilidade da rede de energia elétrica que foi implantada no início de 2020. Em maio daquele ano foi feita a cessão de uso da área onde a Sanesul vai perfurar o poço e o reservatório.
Como o documento não passou pelo crivo da assessoria jurídica do Incra, o processo foi refeito e só foi concluído ano passado pela prefeita Vanda Camilo. A prefeita alterou o termo de cessão de uso da área de 24,9 hectares do Incra para a Prefeitura, assinado em fevereiro de 2016, permitindo a instalação da rede de água.
Enquanto a rede de água não entra em funcionamento, os moradores recorrem a poços caseiros ou aos postos de saúde e o perfurado pelo Incra.
Origem
A agrovila Cidade Viva, se originou da ocupação feita em 2015 por um grupo de famílias do Assentamento Eldorado que reagiram a tentativa de invasão dos 24 hectares por acampados organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A área, no entroncamento das estradas MS-258 e MS-453, foi reservada pelo Incra para ser a agrovila do assentamento. Foi dividida em 600 lotes e em 2019 trocou o núcleo urbano do distrito do Capão Seco. Há sete anos foi assinada a cessão de uso da área para a Prefeitura.