Publicado em 17/05/2021 às 10:04, Atualizado em 17/05/2021 às 21:09
Localizado à Rua Ponta Porã, 796, Centro de Atenção Psicossocial realiza consultas diariamente
Visando a comemoração do 18 de maio, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, movimento que existe há 34 anos e que tem a finalidade de humanizar o tratamento das pessoas com sofrimento mental, tendo como objetivo acabar com os manicômios.
A psicóloga e coordenadora municipal de saúde mental de Sidrolândia, Erika Siqueira Battistelli, ressalta que o município tem mudanças significativas no atendimento desde o início de janeiro. Ela explica que este assunto, por muito tempo, foi um tabu e que as pessoas que apresentavam qualquer tipo de desvio de conduta eram conduzidas para um hospital psiquiátrico. No local, não passavam por avaliações para serem internadas e ficavam em situações precárias, sem assistência adequadas.
“Depois de muito sofrimento, como o caso de Barbacena, essa luta veio conduzindo o tratamento em saúde mental e transtorno mental para uma humanização. Nós comemoramos esse marco, mas procuramos neste período conscientizar tanto as pessoas quanto os profissionais de saúde sobre a importância do reconhecimento do sofrimento mental que muitas vezes não tem cura, mas tem controle”, afirmou.
Com o lema “trancar não é tratar”, a Prefeitura entende a importância da luta e defende que todas as pessoas que possuem algum sofrimento mental tenham o direito de viver em liberdade, bem como receber cuidado e tratamento sem que tenham que renunciar seu lugar de cidadãos. A administração vem ampliando e melhorando o sistema do Caps.
“No nosso município, nós já temos algumas atitudes desde janeiro bem significativas, conseguimos aumentar o número de atendimento, temos a novidade de colocar uma psicóloga na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), no CEM (Centro de Especialidades Médicas), em algumas Unidades Básicas da área urbana e rural”, destacou ainda o atendimento do profissional de psicologia ao funcionário público profissional de saúde, devido ao período pandêmico.
Conforme a coordenadora, em novembro de 2020, o atendimento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial, era de 97 pacientes. Já em fevereiro, com atendimentos otimizados, os pacientes chegaram em torno de 957. Sem burocracia, qualquer pessoa pode solicitar uma acolhida no Caps. Entretanto, para poder se consultar com um psicólogo no Cem, é necessário ser encaminhado pela Unidade Básica, conforme determina o Ministério da Saúde.
“Percebemos que as doenças podem ser até físicas, mas elas vêm muito de fundo emocional. Nós temos serviços a ser oferecidos para se evitar internações, deixo claro que ela existe, mas deve ser em último caso. Sabemos do sofrimento da família e temos também o acompanhamento familiar. Estamos com uma situação bem assistida e o recado que eu dou é que: do mesmo jeito que vocês cuidam da saúde física, que vocês possam também cuidar da saúde mental. Estamos à disposição”, ressaltou.
Atualmente, a saúde mental do município conta com psicólogos, psiquiatras, educadores físicos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiras, técnica de enfermagem, artesã e possui atendimento totalmente humanizado.
Localizado à Rua Prefeito Jaime Ferreira Barbosa,150, centro, o Caps realiza consultas diariamente. O horário de atendimento é das 7h. às 11h. e das 13h. às 17h. de segunda a sexta-feira.