Publicado em 06/08/2018 às 11:06, Atualizado em 15/09/2020 às 17:44

Sidrolândia iniciou hoje a vacinação contra o sarampo e poliomielite

Município quer que todas as crianças de zero a menos de 5 anos sejam levadas às Unidades de Saúde

Mauro Silva, Assessoria de Comunicação da Prefeitura
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Divulgação

2.860 crianças de 1 ano até os 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade devem ser imunizadas em Sidrolândia, na Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite, iniciada nesta segunda-feira (06). São os números estabelecidos como meta pelo Ministério da Saúde para o município.

Mas a Prefeitura através da Secretaria Municipal de Saúde, orienta pais para levarem também os bebês de zero a doze meses às Unidades de Saúde para a conferência do cartão e avaliação da necessidade da atualização vacinal.

Tatiane Nantes, diretora de Saúde, representou o secretário Nélio Saraiva Paim Filho em entrevista onde prestou mais informações sobre o esquema adotado em Sidrolândia para a vacinação.

- A campanha está começando hoje (06/08) e vai se encerrar no dia 31 deste mês, sendo que no dia 18 acontecerá o Dia D de vacinação em todo o País – informou Tatiane.

Neste período, todas as Unidades urbanas e rurais estarão atendendo. Especificamente no dia 18, a vacinação será nos postos urbanos e do Quebra Coco.

A meta do Ministério da Saúde é vacinar, pelo menos, 95% das 11,2 milhões de crianças dessa faixa etária e diminuir a possibilidade de retorno da pólio e reemergência do sarampo, doenças já eliminadas no Brasil.

Informações do Ministério da Saúde

QUEDA NA VACINA

Desde que observou redução nas coberturas vacinais do país, o Ministério da Saúde tem alertado sobre o risco da volta de doenças que já não circulavam no Brasil, como é o caso do sarampo. Entre as principais causas, pode-se apontar o próprio sucesso do Programa Nacional de Imunizações, que conseguiu altas coberturas vacinais durante os seus 44 anos de existência. Outros fatores são: desconhecimento individual de doenças já eliminadas; horários de funcionamento das unidades de saúde incompatíveis com as novas rotinas da população; circulação de notícias falsas na internet e WhatsApp causando dúvidas sobre a segurança e eficácia das vacinas; bem como a inadequada alimentação dos sistemas de informação.

Para os estados que estão abaixo da meta de vacinação, o Ministério da Saúde tem orientado os gestores locais que organizem suas redes, inclusive com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis. Outra orientação é reforçar as parcerias com creches e escolas, ambientes que potencializam a mobilização sobre a vacina por envolver professores e a família. A Pasta ainda alerta para a importância de manter os sistemas de informação devidamente atualizados.

SARAMPO

O Brasil recebeu, em 2016, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, e atualmente empreende esforços para manter o certificado, principalmente por meio do fortalecimento da vigilância epidemiológica, da rede laboratorial e de estratégias de imunização.

No mundo, há registros de casos de sarampo em alguns países da Europa e das Américas. Em 2017, foram 173.330 casos registrados. Em 2018 (até maio), 81.635 casos confirmados, a maioria em países do Sudeste Asiático e Europa.

Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: em Roraima e no Amazonas. O Ministério da Saúde atualizou dia 01 de agosto as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação do sarampo no país. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. No entanto, os surtos estão relacionados à importação. Isso ficou comprovado pelo genótipo do vírus (D8) que foi identificado, que é o mesmo que circula na Venezuela. Até o dia 01 de agosto, foram confirmados 742 casos de sarampo no Amazonas, 4.470 permanecem em investigação. O estado de Roraima confirmou 280 casos da doença e 106 continuam em investigação.

Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (1), Rio de Janeiro (14); Rio Grande do Sul (13); Rondônia (1) e Pará (2). O Ministério da Saúde permanece acompanhando a situação e prestando o apoio necessário ao Estado. Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados.

POLIOMIELITE

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), três países ainda são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão). O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem.