No próximo dia 27, técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e da Caixa Econômica Federal, voltarão ao Assentamento Alambari CUT com as respostas dos pedidos de Fomento Mulher e linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), apresentados para em torno de mil agricultores familiares, que foram atendidos nos dois dias de Mutirão da Cidadania, realizado semana passada pela Prefeitura Municipal de Sidrolândia.
Os técnicos da Secretaria Municipal de Assistência Social renovaram o Cadastro Único de 170 famílias e distribuíram senha para mais 80, que serão atendidas na quarta-feira (18), totalizando 252 famílias. Só tem acesso aos programas de transferência de renda, créditos de fomento, custeio e investimento para agricultura familiar.
Segundo a vereadora Lucilha de Almeida, a demanda de recursos apresentada pelos assentados soma R$ 5 milhões, mas o valor definitivo dependerá da análise dos documentos apresentados por cada produtor. "Quem, por exemplo, já recebeu o Fomento Mulher, não pode ter um segundo benefício. No entanto, isto não impede a pessoa de buscar recursos do Pronaf, que pode chegar a R$ 270 mil de financiamento do Pronaf por CPF", explica a vereadora que também é da assessoria da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Entre potenciais beneficiárias do Fomento Mulher de R$ 5 mil é dona Maria das Dores, que mora há 15 anos no Alambari CUT. Há 6 anos, última vez que o Fomento Mulher (na época, R$ 3 mil reais) foi liberado, ela abriu uma conta bancária, mas o dinheiro não caiu na conta.
O assentado Ezequiel Lourenço, do Eldorado II, foi ao Mutirão na expectativa de finalmente conseguir a regularização da posse do seu lote, onde está desde 2010."Este mutirão veio em boa hora, porque não é fácil ir a Sidrolândia ou a Campo Grande para abrir o processo no Incra, principalmente para quem não tem carro, como eu".
Quem também está na expectativa da regularização, da posse do lote, é dona Fernanda Cardoso, que entrou no assentamento Nazareth após comprar o direito de posse do primeiro beneficiário. Sem o título da área, ela não consegue acesso aos recursos do Pronaf.