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09/08/2021 às 10:24, Atualizado em 09/08/2021 às 10:49

Coordenadoria da Mulher alerta para alto índice de violência doméstica em Sidrolândia

Desde 2018, a Prefeitura mantém a Rede de Enfrentamento â Violência contra as Mulheres que acolhe as vítimas

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Coordenadora Natalia Souza durante a blitz educativa feita no último sábado (7), em Sidrolândia. (Foto: Rafael Brites)

Mesmo com as campanhas educativas, endurecimento das penas dos agressores, Sidrolândia, assim como a maior parte dos municípios, mantém altos índice de violência doméstica. Desde 2018, a Prefeitura mantém a Rede de Enfrentamento â Violência contra as Mulheres que acolhe as vítimas.

A responsável pela Coordenadoria da Mulher do município, Natalia Souza, alerta para o alto índice deste tipo de crime no município. “Em Sidrolândia, temos muitas mulheres que são vítimas de violência doméstica e, geralmente, elas denunciam quando o agressor parte para a violência física. Só que até procurar ajuda, passam pela violência psicológica, sexual, patrimonial e moral, tudo isso sem compartilhar a sua dor. É muito triste, muitas entram em depressão, sentem-se inferiores, o que não é verdade, todas são capazes, podem ser independentes, e nós damos todo apoio para que consigam sair desse ciclo de violência”, afirmou.

Natália explica que as denúncias chegam de várias áreas, mas a Secretaria de Assistência Social é a que mais atende as mulheres e por isso tem papel fundamental neste processo. E, em função de um acordo com o Tribunal de Justiça, todas as medidas protetivas concedidas pelo juiz são acompanhadas pela equipe dos Centros de Referência de Assistência Social (CREAS).

Neste primeiro semestre, 138 mulheres vítimas de violência doméstica foram atendidas. Segundo Natalia, a equipe faz um relatório e encaminha para o juiz. “São feitos encontros com a vítima no CREAS, a equipe pergunta se o agressor está ou não respeitando a medida, as vítimas também preenchem um questionário de avaliação de risco”, disse ainda que, se a mulher quiser fazer terapia, é feito um encaminhamento para a psicóloga, Inara Suckow, da sala lilás.

A “Sala Lilás” de Sidrolândia foi a primeira a funcionar em Mato Grosso do Sul. No local, a Polícia Civil faz o acolhimento da mulher vítima de violência, protege a identidade e integridade, para que novas agressões não aconteçam. O espaço conta com uma sala de múltiplo uso, a fim de atender as crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica.

“Quando a mulher procura a Sala Lilás, lá na Delegacia, ela já recebe a opção de fazer o acompanhamento com a psicóloga. O CREAS não faz terapia, ele acompanha a mulher através de encontros, formula um relatório e encaminha para o juiz”, finalizou.

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Foto: Suélen Duarte

Adotada para representar a luta, a tonalidade lilás remete ao gênero e, pela primeira vez, a frente da Prefeitura de Sidrolândia e o mastro da bandeira do Brasil, localizado em frente a Praça Central Porfírio de Brito, estão iluminados com a cor da campanha. 

Para Natália, esta é mais uma forma de lembrar e sensibilizar a população sobre a luta e o enfrentamento da violência contra a mulher.

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Divulgação