A cada 7 horas uma mulher é morta por feminicídio no Brasil, segundo os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgados em março deste ano. Os autores, na grande maioria, são os maridos, namorados ou ex-companheiros que não aceitam o fim do relacionamento e com uma frase típica machista: “se não vai ser minha, não será de mais ninguém”, tiram a vida das mulheres. Mato Grosso do Sul está entre os estados com maiores taxas de feminicídio.
Visando divulgar que a violência sofrida pelas mulheres, na qual muitas das vezes leva a morte cruel, deve ser denunciada, a Prefeitura Municipal de Sidrolândia instituiu a Semana de Combate ao Feminicídio “Edmárcia Cíntia da Silva”, no período de 1 a 7 de junho.
Durante estes dias, diariamente, há conteúdos nas redes sociais da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres de Sidrolândia, afim de sensibilizar a sociedade de que o feminicídio é uma grande violação dos direitos humanos e que ele pode ser evitado através da denúncia.
“Quando acontece o crime, a mulher já sofreu todo tipo de violência. Por isso, é muito importante se atentar aos sinais de alerta que o homem dá e denunciar, acreditar que ele realmente pode matá-la e não duvidar se ele ameaçar contra a vida da companheira”, alerta a Secretária Especial da Coordenadoria da Mulher, Natalia Souza.
É importante que as pessoas abracem a causa e multipliquem a divulgação dos conteúdos, pois o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher é papel de toda a sociedade e a Lei Maria da Penha pode ser aplicada ainda que não haja queixa da vítima, isso significa que qualquer pessoa pode denunciar o agressor, inclusive, anonimamente.
Além das mobilizações nas redes sociais, a Coordenadoria promoverá uma ação no dia 3, às 9 horas, na Praça Central Porfírio de Brito, em memória as quatro mulheres que foram vítimas de feminicídio em Sidrolândia.
O município conta com a Coordenadoria da Mulher, localizada na Rua São Paulo, 1150, Centro, próximo a Prefeitura Municipal, com a sala lilás para atendimento psicológico, e com os Centros de Referência de Assistência Social (Creas) para atender as mulheres vítimas de violência. Clique aqui e acesse a Cartilha Digital Violência Doméstica.
Denúncia
Ligue 180 - A Central de Atendimento à Mulher faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência.
Ligue 190 – Em caso de urgência, ligue para a Polícia Militar.
Ligue 3272-2441 – Coordenadoria da Mulher de Sidrolândia,
Há também aplicativos que permitem denunciar, como, por exemplo: MS Digital e o Ciclo da Vida, disponíveis no Play Store.
Feminicídio - Lei 13.104/2015
O feminicídio é um crime de ódio, é a expressão brutal das inúmeras violências que podem atingir as mulheres em razão da desigualdade de poder entre os gêneros masculino e feminino e por construções históricas, culturais, econômicas, políticas e sociais discriminatórias, bem como menosprezo pela figura feminina. Ou seja, para que o crime seja considerado feminicídio é preciso que tenha sido motivado por violência doméstica, por menosprezo ou discriminação à condição de mulher (homicídio + razões de gênero).
Clique aqui e acesse a cartilha “Feminicídio: Quem ama, não mata!”.