Please ensure Javascript is enabled for purposes of Acessibilidade

13/08/2021 às 16:53, Atualizado em 13/08/2021 às 17:30

Com mutirão, assentados poderão ter acesso a R$ 5 milhões em crédito e fomento

Aproximadamente 370 agricultores da reforma agrária a presentaram documentação para se habilitarem a R$2,3 milhões em recursos do Pronaf

Cb image default
Divulgação

Mais de 750 pessoas foram atendidas no primeiro dia do Mutirão da Cidadania realizado quinta-feira (12) no Assentamento Alambari CUT, iniciativa da Prefeitura de Sidrolândia em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Ministério da Agricultura e Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). A prefeita Vanda Camilo, que esteve no mutirão, garantiu que sua gestão vai dar todo suporte, em parceria com o Ministério da Agricultura e o Incra, para que os assentados tenham acesso aos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Aproximadamente 370 agricultores da reforma agrária a presentaram documentação para se habilitarem a R$2,3 milhões em recursos do Pronaf, para custeio e investimento, além do Fomento Mulher de R$ 5 mil para financiar atividades produtivas.

A expectativa é que com os atendimentos, nesta sexta-feira, pode chegar a R$ 5 milhões o montante de recursos, entre Fomento Mulher e recursos do Pronaf, a serem liberados no próximo dia 27. Nesta data, daqui duas semanas, os técnicos da Caixa Econômica, do Incra e da Agraer voltarão ao assentamento para anunciar os pedidos aprovados.

Cb image default
Divulgação

Para ter acesso aos recursos, o assentado precisa estar com seus dados atualizados no Cadastro Único, dispor do DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf). Este procedimento também é necessário para obter o título de posse da propriedade.

O mutirão, mais perto de casa, animou dona Sônia Maria, 64 anos, que mora com marido no Assentamento Nazareth que fica a 60 quilômetros do centro da cidade. Há seis anos, quando entrou no lote, chegou a receber o cartão, mas não conseguiu sacar o Fomento Mulher (R$ 3.500,00). Com problemas de saúde, ela espera receber os R$ 5 mil para fazer a cerca do lote e comprar gado. Ela espera também obter o DAP e assim ter acesso aos recursos do Pronaf para iniciar alguma atividade que gere renda. "Meu marido trabalha de mecânico para nós sobrevivermos”, explica.

Cb image default
Marlene Bial

A oportunidade de finalmente regularizar a posse do lote no Alambari Fetagri, onde está há 11 anos, fez Marlene Bial acordar cedo para ser atendida no Mutirão da Cidadania. Ela entrou na parcela após o primeiro beneficiário da reforma agrária ter desistido. Mesmo tendo acesso a recursos de fomento e linhas de crédito do Pronaf, hoje ela se dedica a criação de porcos e o cultivo de urucum. Marlene também organizou um grupo de assentados que se dedicam a cultura do urucum, toda a produção é vendida para uma empresa paulista que, além de comprar a safra, arca com o custo do transporte até Monte Castelo (SP), onde está sediada.

A assentada Maria Alzemir da Silva está há 5 anos no seu lote no Assentamento Nazareth, que fica quase na divisa de Sidrolândia com Nova Alvorada do Sul. Foram 15 anos migrando de acampamento até chegar a BR-163 em frente da fazenda que há 7 anos deu origem ao assentamento. Foram 5 anos acampada, dentro do próprio assentamento, até o Incra fazer o sorteio dos lotes. Em 2015, Maria teve acesso ao Fomento Mulher que na época era de R$ 3.500,00 reais. Segundo ela, o dinheiro foi usado para comprar galinhas poedeiras. Agora, pretende obter o DAP e assim ter acesso aos recursos do Pronaf e assim ter recurso para investir na compra de vacas leiteiras, correção do solo, para se dedicar a horticultura, plantio de mandioca.

Cb image default
Divulgação

Tendo em vista que muitas mulheres estariam reunidas na ação, Natália Souza, responsável pela Coordenadoria da Mulher, aproveitou a oportunidade e compareceu para orientar e conscientizar as mulheres sobre o necessário fim da violência contra a mulher.

“As mulheres do campo enfrentam uma realidade diferente da área urbana. Precisamos estar sempre presente orientando, informando e ouvindo. Nosso trabalho lá é mais uma ponte para que elas se sintam seguras e procurem ajuda, caso estejam passando por uma situação de violência”, disse.

Através do número 180, é possível entrar em contato com a Central de Atendimentos à Mulher e denunciar o caso de violência doméstica. Em caso de urgência, ligue diretamente para o 190. As mulheres do município também podem ligar no telefone da Ouvidoria da Mulher, 3272-2441. Clique aqui e confira a Cartilha Digital Violência Doméstica.

Cb image default
Divulgação
Cb image default
Divulgação